Indígenas querem que UE desista de acordo com Mercosul
Foto: Reprodução
Indígenas brasileiras pressionam a UE a interromper o processo de ratificação do acordo comercial entre o Mercosul e a Europa. Os indígenas estiveram em Bruxelas, com a Comissão Europeia, apresentando dados sobre a presidência de Bolsonaro.
O acordo comercial entre os dois blocos foi fechado, depois de 20 anos de negociações. Mas precisa ainda passar pela aprovação que pode levar de dois a três anos.
Diante das polêmicas sobre a política ambiental de Bolsonaro, diversos políticos europeus acenaram com a possibilidade de frear essa ratificação. Em entrevista, o coordenador-executivo da (Apib), explicou que as lideranças expuseram a situação da demarcação de terras às autoridades europeias, além de destacar a violência, assassinatos e ameaças sofridas pelos grupos.
Dinamã Tuxá disse: “O que pedimos é que, nesta situação, a Europa não aceite ratificar o tratado com o Mercosul”.
A proposta da Abip é de que haja uma espécie de certificação de que tais bens comprados do Brasil não sejam nem de áreas sob disputa e nem de terras recentemente desmatadas.
“Os europeus dizem que não tem como fazer o rastreamento. Mas nós temos esse mapeamento e podemos contribuir”.
Outra proposta se refere à aprovação de lei na Europa que punam empresas que se abasteçam de produtos derivados de reservas indígenas ou áreas sob disputa.
A morte de um indígena Guajajara, foi um exemplo claro de como suas vidas estão permanentemente ameaçadas.
O grupo de indígenas começou sua viagem pela Itália, onde participou do Sínodo da Amazônia.
Da Redação com Uol