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Óleo: Ibama estima prejuízo em bilhões

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Autoridades que atuam na apuração dos danos causados pelo vazamento de óleo no litoral brasileiro estimam que o prejuízo econômico será quantificado “na casa dos bilhões”. O impacto do derramamento, no entanto, ainda é desconhecido, visto que não se sabe a quantidade vazada.

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, explicou que o órgão estipula valor máximo de multa em R$ 50 milhões. Mas, a exemplo da tragédia de Brumadinho, é possível aplicar mais de uma sanção.

Além de punições do órgão ambiental, caberá à Polícia Federal apurar as responsabilidades penal e administrativa. O levantamento que embasará a cobrança de reparação levará em conta efeitos diretos e indiretos do vazamento.

“Os crimes ambientais chegam a valores estratosféricos porque atingem uma multiplicidade de situações, a pesca, o turismo etc”, explicou o chefe do serviço de geointeligência da Polícia Federal, Franco Perazzoni.

A PF apontou o navio petroleiro grego Bouboulina como o principal suspeito do derramamento. Na semana passada, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Delta Tankers, proprietária da embarcação. A empresa nega qualquer vazamento.

Após identificar que o navio grego foi o único a passar pelo trecho da costa brasileira onde teria ocorrido o vazamento, os investigadores solicitaram, agora, informações sobre a embarcação a outros países, como Venezuela e Cingapura, onde houve carregamento e descarregamento da carga, respectivamente.

Caso ocorra indiciamento de pessoas envolvidas no vazamento, como o comandante da embarcação, por exemplo, as penas somadas chegam a cerca de 10 anos, segundo Perazzoni. A projeção leva em conta a responsabilização por poluição, dano em área de conservação e a omissão de informações sobre o incidente.