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Roberto Alvim é nomeado secretário especial de Cultura

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) nomeou nesta quinta-feira, 7, o diretor Roberto Alvim para o cargo de secretário especial de Cultura. O Estado antecipou na última sexta-feira, 1, que Alvim era cotado ao cargo.

Alvim atuava como diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte. No final de setembro, Alvim atacou com ofensas a atriz Fernanda Montenegro. Em uma postagem no Facebook, chamou Montenegro de “intocável” e “mentirosa”, o que provocou a reação da classe artística.

Alvim se aproximou do presidente Bolsonaro durante as eleições de 2018, quando declarou apoio ao então candidato a presidente. O diretor de teatro defende o engajamento de artistas conservadores em pautas do governo.

Secretaria Especial de Cultura foi transferida também nesta quinta, 7, ao Ministério do Turismo. Antes, a pasta estava no Ministério da Cidadania, pasta comandada por Osmar Terra (MDB).

Alvim e Terra têm relação conturbada. Antes de bater o martelo sobre a transferência da cultura ao Turismo, o governo já vinha estudando uma forma de encaixar Alvim na Cultura, sem tumultuar a relação com Terra.

O ministro da Cidadania trabalhava para Alvim não ser nomeado para a secretaria.

Em outubro, Terra exonerou e, dias depois, readmitiu 19 servidores subordinados a Alvim. O movimento foi lido como tentativa frustrada de Terra mostrar força sob o diretor da Funarte.

Desde o recuo sobre as exonerações, Alvim tem sido chamado sozinho ao Planalto para debates do governo sobre cultura, área abrigada pelo ministério de Terra. O diretor da Funarte é um nome de confiança de Bolsonaro, que seria o fiador de sua indicação à secretaria de Cultura.

Também é atribuída a Alvim a articulação para a exoneração do pianista Miguel Proença da presidência da Funarte. Ao Estado, o músico disse que defender a atriz Fernanda Montenegro foi decisivo para a sua saída.

O comando da secretaria de cultura estava vago desde quarta-feira, 6, quando o economista Ricardo Braga deixou o cargo para ocupar a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania para assumir a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (Seres/MEC).

Braga ficou apenas dois meses na secretaria. O economista Braga havia assumido a cultura após saída turbulenta do cargo de Henrique Pires, que se opôs à suspensão do edital que selecionava obras com temática LGBT para serem exibidas em TVs públicas.

ESTADÃO