Toffoli e MPF entram em guerra
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Ministro do STF, segundo a Folha, reagiu duramente dizendo que “A questão não é se Toffoli pode acessar o material. Ele pode, é autoridade judicial. A questão é: quantos promotores, procuradores e delegados acessaram sem aval da Justiça?”.
Para esse ministro, a mera indagação do MP é a chave para entender a motivação de grupos ligados à Lava Jato contra a decisão de Toffoli.
O presidente do STF não quer só cópias de relatórios da fiscalização: quer saber sua motivação e quantos procedimentos foram feitos sem base legal.
Toffoli recebeu a senhora para acessar relatórios do Coaf desde 2016. Quem conhece o órgão diz que o acesso a essa base de dados requer login e senha e fica registrado. Será fácil, portanto, o STF rastrear quem vasculhou a vida dos ministros do Tribunal.
Toffoli deve apresentar seu voto na próxima semana sobre os dados do Coaf e da Receita que requereu. Ele suspeita de que investigadores passaram a usar os dois órgãos como “via rápida” para a quebra de sigilo sem ordem judicial.
Toda essa discussão também envolve Flávio Bolsonaro e o Supremo está furioso não só com o vazamento da decisão de Toffoli como às críticas que PGR e governo Bolsonaro fizeram ao tribunal por pedir os dados da Receita e do Coaf
O mais interessante é que os procuradores do MPF acham que a devassa de Dallagnol e cia. contra a família de Toffoli na Receita deveria impedi-lo de pedir tantos dados em vez de pedir apenas uma amostra deles. Pedir todos esses dados seria sinal de que ele age por vingança
O senador Alvaro Dias, do Paraná, ligado à Lava Jato, diz que a decisão de Toffoli de requerer dados fiscais de 600 mil pessoas “parece arapongagem”, ou seja, parece que ele quer devassar a vida daqueles que tentaram devassar a sua.
Redação com Folha