Alcolumbre ao elogiar Flávio diz que o menino é “do bem”
Foto: Jorge William / Agência O Globo
– O Flávio é uma pessoa muito bem intencionada. Eu acompanho o mandato do Flávio, mesmo que distante. Mas eu vejo que ele tenta fazer, como senador da República, um meio de campo em relação aos senadores e ao próprio governo. Ele se empenha pessoalmente para resolver algumas questões, solucionar impasses. Então ele se envolve muito – comentou, em café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado.
– Ele tem o meu respeito, ele é uma pessoa do bem. Eu gosto do Flávio, a conversa com o Flávio é muito boa – acrescentou o senador.
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Na opinião de Alcolumbre, trata-se de uma “questão jurídica”, que não tem nada a ver com o Senado.
– Ele está no exercício do mandato de senador da República, é filho do presidente da República, mas esses episódios aconteceram nas denúncias da Assembleia quando ele era deputado estadual. Ele vai ter de cumprir o mandato dele como senador e juridicamente responder, como todo mundo faz – disse.
Questionado se Flávio pode ser alvo de processo no Conselho de Ética do Senado em decorrência das investigações, Alcolumbre apontou que o colegiado tem como regra que que fatos que tenham ocorrido fora do mandato levar ao pronto arquivamento ou rejeição do requerimento.
– Acho que não, porque isso aí já há um entendimento no Conselho de Ética do Senado de que casos, episódios que aconteceram fora do exercício do mandato já há um rito de arquivamento ou de rejeição de uma denúncia ou de uma representação que possa ser apresentado lá. Então isso é um episódio que aconteceu fora do mandato de senador e a discussão é jurídica, de advogado no Poder Judiciário, não é no Conselho de Ética e não é no Senado Federal – declarou.
Para Alcolumbre, o caso não compromete as condições políticas de Flávio de exercer o mandato porque ele foi eleito senador.
– Ele está lá trabalhando e tem o nosso reconhecimento. O Flávio é muito trabalhador, eu acompanho a sua atuação na política, no Parlamento. Ele busca sempre o diálogo também, então é uma pessoa que eu me identifico, porque eu busco isso todo dia. Eu vejo que tem alguns ali que me ajudam nessa missão de buscar o diálogo. Ele é um bom senador – acrescentou.
O presidente do Senado disse ainda que não vê o episódio como um complicador para o governo Bolsonaro e nem como uma tentativa de atingir diretamente o presidente.
– Não, eu acho que não. Eu acho que é um episódio de uma investigação em que o filho do presidente foi eleito senador e era deputado. Então é uma investigação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Então quem for deputado lá vai responder como deputado e quem for senador vai responder como senador – concluiu.