Arábia Saudita executará cinco por assassinato de jornalista
Tribunal da Arábia Saudita condenou cinco pessoas à morte pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, informou o promotor público do país. Outras três pessoas já tinham sido condenadas a 24 anos de prisão pelo mesmo crime. Todos ainda podem recorrer da decisão.
O assassinato de Khashoggi, colunista do Washington Post, desencadeou a maior crise diplomática da Arábia Saudita desde os ataques de 11 de setembro, quando o reino foi vilipendiado ao se saber que 15 dos 19 terroristas que perpetraram os ataques eram cidadãos sauditas.
Evidências apontaram que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, e outros oficiais sauditas foram responsáveis pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. O príncipe herdeiro negou qualquer envolvimento, mas disse à TV norte-americana em setembro que assumiu “total responsabilidade como líder na Arábia Saudita”.
Três acusados mais próximos do príncipe herdeiro da Arábia Saudita foram liberados: Saud al-Qahtani, antigo conselheiro do príncipe, Ahmed Alassiri , oficial de inteligência saudita, e Mohammed al-Otaibi, general do consulado de Istambul.
No ano passado, a Arábia Saudita trabalhou incansavelmente para mudar de assunto depois que agentes sauditas mataram Khashoggi no consulado saudita em Istambul, num complô que, segundo conclusão da CIA, foi aprovado pelo príncipe da Coroa.
O julgamento dos suspeitos começou no início de janeiro, na Arábia Saudita.