Bolsonaro já quer recuar de boicote à Folha
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Em entrevista ao “Jornal da Record”, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira que poderá recuar da decisão de excluir o jornal “Folha de S.Paulo” do edital para renovar as assinaturas de jornais e revistas da administração federal. A medida, anunciada na semana passada, foi criticada por parlamentares e entidades da sociedade civil, por representar um ataque à liberdade de expressão.
Nesta segunda-feira, ele voltou a atacar o veículo de comunicação, relacionando as reportagens críticas ao governo a uma suposta tentativa de dar continuidade à eleição de 2018. Também atacou outras publicações, como as revistas “Carta Capital” e “Istoé”.
— A questão da “Folha de S.Paulo” não é de hoje. Para a “Folha de S.Paulo”, a eleição não acabou. Agora, se a gente ferir qualquer norma ética ou legal, a gente volta atrás. Sem problema. Agora, de qualquer maneira, a gente vai reduzir essa despesa também sem ideia de perseguição — disse Bolsonaro.
Na semana passada, após ameaçar cortar a assinatura do jornal da lista de periódicos que o governo federal recebe, Bolsonaro excluiu o veículo do edital. No fim do mês passado, o presidente afirmou em entrevista que “nenhum órgão aqui do meu governo vai receber o jornal “Folha de S. Paulo” aqui em Brasília. Está determinado”.
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O edital publicado na última quinta-feira prevê um gasto de R$ 194.393,64 para acesso on-line de jornais e revistas. Entre os periódicos nacionais e regionais estão os jornais O GLOBO, “Valor Econômico”, “O Estado de S. Paulo” e os internacionais “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, além das revistas Época, “Veja”, “Time” e “The Economist”.