Diplomacia amadora do Brasil apanha de Trump

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Foto: Reprodução

Jamil Chade, correspondente do UOL na Europa, comentou mensagem de Donald Trump em seu twitter nesta segunda-feira, dizendo o que todos sabem: na Casa Branca, “America First”


Segundo o correspondente, “Só o governo brasileiro e a nova chancelaria brasileira pareciam não querer acreditar. Ou entender, o que é mais grave”

Trump retaliou o Brasil pela desvalorização do real, que torna as exportações brasileiras mais competitivas no mercado dos EUA.

Em retaliação, Trump impôs tarifas sobre a siderurgia brasileira.

Chade afirma que se trata de “Uma retaliação ilegal e que repete com o Brasil o mesmo comportamento que Washington vem mantendo com a China” e que representa um duro golpe contra a política externa de Bolsonaro, que se desmancha em admiração pelo presidente americano.

Bolsonaro e seu ministro repetiram que o Brasil estava sendo tratado como “um aliado especial”

Não é a primeira vez. Há pouco tempo, o governo americano mandou uma carta oficial para OCDE para apontar quais países teriam preferências para aderir à instituição, sem citar o nome do Brasil, apesar de Trump ter prometido a Bolsonaro que colocaria o Brasil na organização – o que ninguém sabe se seria bom ou ruim

Além disso, o governo brasileiro não conseguiu obter as autorizações para voltar a exportar carne bovina ao mercado americano.

Essa última paulada dos ianques na política entreguista e bajuladora do governo Bolsonaro deixa o chanceler Ernesto Araújo numa saia-justa.

Em 2017, Ernesto Araújo publicou nos Cadernos de Política Exterior do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), uma defesa das políticas de Donald Trump e seu papel em “salvar” o Ocidente.

Chade comenta que Bolsonaro poderia passar mais seu tempo estudando o fato de que nem seus generais de cabeceira se entregaram aos EUA e, ouso dizer, não bateram continência à bandeira americana.

Redação com UOL