Estado Islâmico divulga vídeo decapitando onze cristãos após o Natal
Foto: Reprodução
O grupo extremista Província do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) divulgou na última quinta-feira um vídeo que mostra 11 reféns cristãos sendo decapitados por terroristas.
As mortes ocorreram depois que os reféns pediram, em um vídeo anterior, que a Associação Cristã da Nigéria (CAN) negociasse sua libertação. Segundo a mídia local, o ISWAP ainda poupou a vida dos dois muçulmanos.
O EI disse que a ação faz parte de sua campanha, lançada no dia 22 de dezembro, para “vingar” as mortes de seu líder Abu Bakr al-Baghdadi e seu porta-voz, na Síria, em outubro deste ano. Desde então, o grupo vem reivindicando uma enxurrada de ataques em vários países.
Não foram dados detalhes sobre as vítimas, que eram todos homens, mas o EI alega que elas foram “capturadas nas últimas semanas” no nordeste do estado de Borno, na Nigéria, onde militantes lutam há anos para estabelecer um estado islâmico separado.
O vídeo tem duração de 56 segundos e mostra homens de uniforme bege e máscaras pretas alinhados atrás de reféns de olhos vendados, depois atirando em um e decapitando o resto.
O grupo militante postou as imagens em seu canal de notícias online do Telegram na quinta-feira, um dia após o Natal, com legendas em árabe, mas sem áudio. Analistas dizem que o material foi claramente lançado para coincidir com as celebrações do Natal.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, ofereceu suas condolências através de um comunicado emitido pelo seu porta-voz Stephane Dujarric: “O secretário-geral está profundamente preocupado com relatos de que civis foram executados e outros sequestrados por grupos armados no norte do estado de Borno, no nordeste da Nigéria. Ele expressou suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e reitera a solidariedade das Nações Unidas com o povo e o governo da Nigéria.”
As filmagens foram feitas em uma área externa não identificada. O governo da Nigéria não comentou o vídeo.
O ISWAP se separou do grupo militante Boko Haram em 2016 e se tornou o grupo jihadista dominante da região.