Novo partido de Bolsonaro pede desfiliação do PSL
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O Aliança pelo Brasil iniciou nesta quarta-feira uma campanha de desfiliação para membros de outros partidos que desejem participar da criação da nova legenda do presidente Jair Bolsonaro. Apenas pessoas que não tem vinculação partidária podem assinar o pedido de criação do Aliança.
O líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro, participou da campanha. No Twitter, ele publicou um vídeo que mostra o passo a passo da burocracia da desfiliação. Na postagem, ele diz que esta quarta é o “Dia D, o dia da desfiliação” e cita que “perseguidos do PSL” tentam um novo caminho.
A postagem também encaminha os seguidores para o site do Aliança pelo Brasil, onde há uma explicação das etapas a serem seguidas e os arquivos dos documentos que precisam ser preenchidos.
No vídeo, o narrador convocado o “exército de aliados” para participar de um “novo Brasil”.
– Hoje é o dia D, exército de Aliados! Dia de desfiliação. De se libertar da velha política e participar da construção de um novo Brasil, que respeita as suas tradições.
Outros deputados do PSL também compartilharam o mesmo vídeo, como a Bia Kicis (DF), que ressaltou que a assinatura para a criação do partido só é válida se o cidadão não tiver filiação em outra legenda.
O Aliança pelo Brasil anunciou, no último domingo no Twitter, que começará nesta semana a coleta de assinaturas para sua fundação. O desafio é justamente o prazo curto no calendário: a sigla precisa de todas as assinaturas até 4 de abril do ano que vem para ter o registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim lançar candidatos aos cargos de prefeito e vereador.
Como o GLOBO mostrou nesta quarta-feira, religiosos de distintas denominações estão dispostos a apoiar o processo de formalização da nova sigla. Segundo informou a colunista Bela Megale, os bolsonaristas apostam também no apoio dos militares e igrejas para a coleta das assinaturas.
Na manhã desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro disse que a coleta de assinaturas para a criação do partido terá que ser feita manualmente e admitiu que será “muito difícil” entregar as assinaturas dentro do prazo para participar das eleições de 2020.