Bolsonaro descartou Correios para ajudar na crise do INSS
Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Antes do uso de militares da reserva, o governo Bolsonaro descartou uma parceria com os Correios – com agências em todo o país – para resolver o problema das filas do INSS. Esse assunto estava sendo discutido há pelo menos dois anos dentro do governo, com criação de Grupo de Trabalho e reuniões no Planalto. Mas empacou.
De olho em privatizar a empresa, o governo quer tirar qualquer protagonismo da estatal.
O general Juarez Cunha, ex-presidente da empresa e que foi demitido em 2019 por participar de “ato sindicalista” com petistas na Câmara contra a privatização, defendia essa parceria. Seria um contrato dos Correios com o INSS. O custo seria bem menor que com os militares, pelas contas feitas.
Os Correios cobrariam, em média, R$ 50,00 por atendimento ao segurado. O custo final até a regularização da situação de todos os casos seria de R$ 100 milhões. Com os militares, que ainda vão aprender a tarefa, o processo será mais longo e essa conta pode chegar a R$ 400 milhões.
A parceria Correios-INSS seria feita nos moldes da ECT com o DPVAT, na as agências atendiam os usuários do seguro nos recônditos do país.
Registra-se que o INSS sempre resistiu a dividir esse serviço e agora estão tendo que engolir os milicos de pijama.