Bolsonaro quer nomear Regina ao voltar da China

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Foto: Carolina Antunes/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que a confirmação da atriz Regina Duarte como secretária especial de Cultura deve ocorrer após o retorno da viagem à Índia. O presidente embarcou nesta manhã para a missão oficial e retornará na próxima terça-feira.

“Ela [Regina Duarte] está indo bem, ela está perfeitamente adaptada, parece que está no governo há um tempão, está cheia de vontade, tenho conversado com ela, dando dicas para ela como deve formar o perfil do seu secretariado”, afirmou o presidente, na saída do Palácio da Alvorada.

“Acho que esse casamento vai dar o que falar”, disse Bolsonaro.

Questionado sobre a data da nomeação, o presidente sinalizou que fará uma cerimônia para anunciar a entrada da atriz no governo. “Talvez na volta agora a gente acerte aí. Ela merece um realmente quase que uma festa por ocasião da assinatura dela da posse. Deve ser na volta. Ela é uma pessoa muito especial”, afirmou.

Na última quarta-feira, Regina Duarte e Bolsonaro encontraram-se para discutir o convite feito à atriz para assumir a Secretaria Especial de Cultura. O Valor publicou na edição desta quinta que fontes no governo afirmam que há dois pontos de impasse.

O primeiro é que uma parte do governo quer puxar o órgão, hoje lotado no Ministério do Turismo, para o Palácio do Planalto. Isso daria um sinal de prestígio para a nova secretária, por trabalhar mais próximo do presidente, além de resguardá-la de possíveis interferências. Porém, a ideia enfrenta forte resistência de alguns dos auxiliares mais próximos do presidente. Interlocutores dizem que Bolsonaro já decidiu manter a secretaria onde está.

O segundo ponto, dizem essas fontes, seria o salário. Como secretária, Regina receberia os mesmos R$ 15.359,19 de seu antecessor, Roberto Alvim. O salário de ministro, 30.934,70, é bem mais atrativo. Ganhando menos, Regina teria dificuldade para montar sua equipe, que viria a Brasília com uma remuneração menor do que a dela.

Mas, segundo interlocutores, Bolsonaro não cogita recriar o Ministério da Cultura, que ele extinguiu no início de 2019, ao assumir. Apesar dos entraves, há no Planalto otimismo quanto às chances de Regina aceitar o convite. Bolsonaro, que não falou ontem com a imprensa, comentou em redes sociais que “o noivado continua”.

Valor Econômico