Brasileiras buscam apoio seguro para aborto em outros países
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Segundo a Folha de São Paulo, uma pesquisa feita no ano passado indicou que menos da metade dos hospitais divulgados pelo Ministério da Saúde e pelo CNE como locais que fazem aborto nos casos previstos por lei (gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher ou em caso de anencefalia do feto) realmente realiza o procedimento.
De 176 hospitais cadastrados, somente 76 (43%) confirmam que realizam o serviço quando consultadas pelo telefone. E naqueles que realizam, há muitas dificuldades, como a exigência descabida de boletim de ocorrência no caso de estupro, que desde 2005 não é necessária, ou de exame de corpo de delito.
Brasileiras têm procurado outros países onde o aborto é legalizado. Em 2018, Rebeca Silva realizou o procedimento legalmente na Colômbia. Amparada de assistência médica e psicológica, após o STF (Supremo Tribunal Federal) negar o seu pedido, de acordo com a reportagem da BBC News.
A Colômbia autoriza o aborto desde 2006 em caso de risco à saúde física e mental da mulher, em casos de estupro, incesto ou deformidade severa do feto.
As colombianas podem fazer o procedimento através do sistema público de saúde, e clínicas particulares. O serviço é oferecido tanto para nacionais quanto para estrangeiras.
No Caribe e América do Sul, somente Cuba, Guiana Francesa, Guiana, Porto Rico e Uruguai permitem a interrupção da gestação amplamente, em todo o território.
Redação com Folha