Caso Dreyfus chega ao cinema e lembra Lula

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Foto: Reprodução

Estreia no cinema em março produção que narra o caso Dreyfus, erro judicial ocorrido na França do século XIX, que resultou em escândalo político de grandes proporções. Qualquer semelhança com o caso Lula é semelhança mesmo

O novo filme de Roman Polanski, O Oficial e o Espião, acaba de ganhar data de estreia no Brasil: 12 de março. A produção narra o caso Dreyfus, um erro judicial ocorrido na França do século XIX, que resultou em um escândalo político de grandes proporções. A arbitrariedade levou dez anos para ser corrigida e levantou acusações de antissemitismo e conivência contra figuras do alto escalão militar.

“Boas histórias rendem grandes filmes e o Caso Dreyfus é uma história excepcional. A história de um homem injustamente acusado é fascinante, mas também é muito atual, dado o aumento do antissemitismo”, declarou o diretor.

Ao final do século XIX, o Capitão Alfred Dreyfus era um dos poucos judeus a integrar o exército francês, até ser acusado pelos companheiros de compactuar com a Alemanha por meio de espionagem. Julgado a portas fechadas, Dreyfus foi injustamente condenado por traição e sentenciado a prisão perpétua na ilha do Diabo.

Confira o trailer legendado do filme:

A história é contada sob o ponto de vista do Coronel Picquart, militar que revelou a armação. “Toda a ação, com diversos personagens e reviravoltas, acontece em Paris, enquanto o nosso personagem principal estaria preso. Era melhor contar a história do ponto de vista do Coronel Picquart, um dos principais personagens”, explicou o cineasta sobre a escolha.

Para tornar a história acessível àqueles que a desconhecem, a narrativa foi construída na forma de uma investigação policial conduzida por Picquart, que não aceita a condenação e dá início a uma apuração independente do caso.

“O público compartilha cada etapa da investigação com Picquart. E todos os eventos principais são autênticos, assim como muitas das palavras ditas, porque são retiradas dos registros contemporâneos”, finaliza Polanski.

Em sua estreia no Festival de Veneza, O Oficial e o Espião levou para casa quatro estatuetas: duas relacionadas à sua qualidade, o leão de prata (dado pelo júri) e o prêmio da crítica, além de um prêmio dedicado à sua mensagem social e outro pela produção sustentável.

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