Cesta básica está mais cara em 16 capitais
Foto: Voz Comunicação/Divulgação
O conjunto de itens da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese) no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9).
As altas mais expressivas foram observadas em Vitória (23,64%), Goiânia (16,94%) e Recife (15,63%). Na outra ponta, Salvador (4,85%) e Aracaju (-1,89%) registraram os melhores resultados no ano passado.
Levando-se em conta apenas o dado de dezembro as maiores altas foram observadas em todas as cidades, com destaque para Goiânia (13,64%), Rio de Janeiro (13,51%) e Belo Horizonte (13,04%).
No mês passado, o maior custo da cesta foi apurado no Rio de Janeiro (R$ 516,91), seguido por Florianópolis (R$ 511,70) e São Paulo (R$ 506,50). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 351,97), Salvador (R$ 360,51) e João Pessoa (R$ 373,56).
Na análise por produtos, os destaques de alta no ano passado ficaram para a carne bovina de primeira, óleo de soja e feijão.
O preço da carne bovina de primeira aumentou 12,05% em Aracaju e 47,45% em Vitória.
“Este resultado deveu-se ao alto nível de exportação ao longo de 2019, principalmente para a China. Somou-se a isso, no segundo semestre, entressafra e maior custo de reposição dos bezerros, o que acarretou a elevação expressiva de preços”, informou o Dieese.
Já o óleo de soja registrou a maior alta em Vitória (18,77%), Belém (18,51%) e Goiânia (16,13%).
Por fim, o preço do feijão avançou em 16 capitais. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, registrou aumento de preço em todas as cidades, com destaques para Goiânia (71,31%) e Recife (25,81%).
Já o feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, acumulou alta de 6,96%, em Curitiba e de 14,26% no Rio de Janeiro.
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a do Rio de Janeiro, o Diesee estima que o salário mínimo deveria ser de R$ 4.342,57 para a manutenção de uma família com quatro pessoas.
Em novembro, eram necessários R$ 4.021,39.