Finlândia desmente redução da jornada de trabalho
Foto: Kenzo Tribouillard/AFP
A informação de que a Finlândia decidiu implantar uma semana de trabalho de quatro dias, com uma jornada de seis horas diárias, foi desmentida nesta terça-feira (dia 7), pela primeira-ministra do país, Sanna Marin, de 34 anos.
A ideia de implantar no país um horário de trabalho mais curto chegou a ser brevemente apresentada por Marin em agosto do ano passado, meses antes de ser nomeada primeira-ministra finlandesa, em dezembro. Agora, porém, o governo quer deixar claro que uma semana de quatro dias não está na agenda e “não houve nenhuma atividade recente” sobre o assunto, de acordo com uma publicação feita no Twitter, nesta terça-feira.
Marin discutiu a ideia pela primeira vez durante um painel de debates no 120º aniversário do Partido Social Democrata, no último verão. O movimento político tem se esforçado para encontrar relevância entre os eleitores mais jovens.
“Acho que as pessoas merecem mais tempo com suas famílias, hobbies e vida. Este poderia ser o próximo passo para nós na vida profissional”, disse Sanna Marin, em agosto.
A proposta, porém, voltou a ser noticiada agora como parte uma suposta reforma. Isso levou o governo a publicar o desmentido na rede social. A semana de trabalho no país, atualmente, é de oito horas por dia, com cinco dias por semana.
A suposta reforma se basearia em um teste feito em 2015, na Suécia, segundo o qual trabalhar apenas seis horas por dia teria aumentado a produtividade dos profissionais. Os resultados mostrariam funcionários mais felizes, mais saudáveis e mais produtivos.
Em novembro de 2019, a Microsoft do Japão também introduziu um fim de semana com duração de três dias para seus empregados. Neste caso, as pesquisas apontaram que a produtividade aumentou quase 40%.
A primeira-ministra da Finlândia lidera uma coalizão de centro-esquerda com quatro outros partidos, todos chefiados por mulheres, três das quais com menos de 35 anos de idade.