Governo do DF veta praça em homenagem à Marielle
Foto: Agência Brasil
O Governo do Distrito Federal (GDF) vetou, na última quarta-feira (22), a criação da Praça Marielle Franco, que seria localizada no Setor Comercial Sul, em frente à Galeria dos Estados. O governador optou pela proibição pois, na sua avaliação, a figura de Marielle “não teria prestado serviços à população do Distrito Federal”.
Além disso, Ibaneis afirma que no DF há uma “tradição de se homenagear com a denominação de logradouros públicos apenas pessoas com vínculos diretos com a cidade.”
A oposição repudiou o veto do GDF. O deputado distrital Fábio Felix refuta o governador ao lembrar de outras praças existentes na capital federal batizadas com nomes de personalidades de relevância nacional. São os casos da Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao shopping Conjunto nacional, e da Praça Alziro Zarur, no fim da Asa Sul.
A decisão do GDF foi publicada em edição extra do Diário da Câmara Legislativa.
Marielle Franco
Marielle Franco da Silva foi vereadora do Rio de Janeiro, eleita com 46 mil votos. Formada em Sociologia e mestre em Administração Pública, Marielle sempre defendeu pautas relacionadas a direitos humanos se opôs à violência militar e à intervenção federal nas comunidades carentes. Apresentou 13 projetos de lei em 14 meses de mandato.
No dia 14 de março de 2018, Marielle foi executada a tiros na rua Joaquim Palhares, no Rio de Janeiro. O motorista do carro em que estavam, Anderson Pedro Gomes, também perdeu a vida.
Após quase dois anos, não há definição completa sobre o autor do crime. Atualmente, há dois homens presos: o policial reformado Ronnie Lessa, e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. Segundo investigações, Élcio estaria dirigindo o carro que perseguiu Marielle; Ronnie teria efetuado os tiros que vitimaram a vereadora e o motorista. A motivação do crime segue sendo um mistério.