Lula é o grande personagem
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Lula é o grande personagem da pesquisa do instituto Datafolha divulgada ontem pelo jornal Folha de São Paulo!
As elites econômicas e seus apoiadores o julgaram e o sentenciaram sem provas, tiraram-no das eleições de 2018, prenderam-no em Curitiba por mais de um ano e ainda continuam com as sentenças e acusações, através da Lava Jato, por pura perseguição política. Isso para não deixarem que se candidate em 2022. Mesmo com essa perseguição a imagem e importância política de Lula está fortalecida e cada dia mais consolidada.
É o que leio nas entrelinhas da pesquisa publicada ontem. Lula tem 30% de alta confiança e sua boa avaliação é maior entre os mais pobres, os desempregados e os que se posicionam na esquerda do espectro político.
Evidente que a manchete do jornal traz Sergio Moro com a “melhor avaliação” entre as 12 figuras públicas pesquisadas. Mas, ele que teve e tem toda proteção da grande mídia, do judiciário, do sistema financeiro e etc. tem sido alvo de desgaste por ser capacho do governo, sendo praticamente conivente com os crimes da famílicia, assassinatos no campo, e encontra obstáculos no congresso Nacional aparece pouco acima de Lula. Segundo a pesquisa, Moro aparece com 33% de alta confiança e seu melhor desempenho está maior entre os homens, os mais velhos e mais ricos e direitistas no espectro político.
As revelações da Vaza Jato deram início a esse desgaste do ex-juiz, porém, desapareceram nos últimos meses. Mas ele mostra ser uma forte alternativa para que o atual sistema fascista-neoliberal se mantenha, caso Bolsonaro se torne inviável até 2022, por conta dos crimes e do fraco desempenho da economia.
Moro tem 42% de baixa confiança e Lula 53%.
A pesquisa foi feita nos dias 05 e 06 de dezembro.
Outra alternativa da direita liberal é o apresentador Luciano Huck, da Rede Globo, mas tem apenas 22% de alta credibilidade. Melhor que o Bolsonaro que tem apenas 21%. Este último aparece com 55% de baixa credibilidade, semelhante ao apresentador. Pelo que se viu, a direita liberal e Ciro (11% de alta e 64% de baixa credibilidade) estão apanhando para se manter viáveis na disputa.
Evidente que também pode-se ler que a pesquisa mostra uma grande desconfiança da população em relação à classe política, uma das facetas da crise de representação política existente dando margem para a chamada antipolítica, o que já beneficiou diretamente muitos candidatos que navegaram e ainda navegam na ideia de que “não são políticos e sim gestores” e, indiretamente, muitos que foram eleitos na onda das altas taxas de abstenção registrada principalmente nos grandes centros urbanos.
Mas o que se destaca mesmo dessa pesquisa é a figura de Lula que, apesar do massacre que sofreu e continua sofrendo, continua como carta forte do baralho da preferência do povo. E parece que é por isso que ele resolveu orientar o PT a mudar de estratégia: ao invés de dialogar só com os setores “neutros” ou os desiludidos com a política, que tem crescido e dado espaço para o crescimento do fascismo – fator que muito provavelmente levou às recentes derrotas do partido e seus candidatos – procurar também os setores como o dos evangélicos nas periferias para ampliar sua confiança entre os mais pobres que são a maioria no País.