Mandetta minimiza temor do coronavírus
Foto: Jorge William / Agência O Globo
Perguntado se o governo pretendia seguir o exemplo de países como os Estados Unidos e o Japão, Mandetta respondeu:
— Não, até porque não há um tratamento diferente aqui ou lá. Aliás, provavelmente eles devem estar melhor até, pois (os países) estão vivendo o problema.
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Ainda segundo o ministro, o Brasil está “mais otimista”, embora alguns achem “que o mundo vai acabar” pelo o que chamou de “medo do desconhecido”.
— A letalidade é muito baixa, é abaixo de 2%, e parece que está sendo muito mais de pacientes com idade mais avançada. Queremos aguardar primeiro o conjunto (de informações sobre o vírus) — disse o ministro. — Porque tem gente achando que o mundo vai acabar. Calma. A gente é mais otimista, porque estamos vendo um grande temor, mas mais um medo do desconhecido, o que é normal. E isso traz mais ansiedade.
As declarações foram feitas após a participação de Mandetta em uma solenidade para assinar um acordo de cooperação com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
O ministro citou as pandemias de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), H1N1 e MERS entre 2000 e 2014 e disse que as tecnologias avançaram na identificação e tratamento de doenças nos últimos anos.
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Para Mandetta, o aumento de número de casos suspeitos no país é normal, uma vez que a área de atenção foi ampliada da província de Wuhan para toda a China no início desta semana. Ontem, o ministério confirmou que nove brasileiros estão em observação por suspeita de contaminação pelo coronavírus. Inicialmente eram apenas três casos.
— Até segunda feira, os pacientes suspeitos eram aqueles que estavam em deslocamento da província de Wuhan. Então, só seguimos as orientações científicas. A gente não tem direito, nessas horas, de duvidar de A, B ou C. A gente segue Organização Mundial da Saúde e na terça, ela mudou (o alerta de moderado para elevado) e recomendou que se considerasse suspeito qualquer caso vindo da China — afirmou o ministro.
Ainda de acordo com o titular da Saúde, o aumento de casos suspeitos era esperado, mas destacou que não há casos confirmados até o momento.
— Não há nada diferente do que já esperávamos. Ainda não temos nenhum caso confirmado no Brasil. Entendo que possa ter, a probabilidade que tenhamos é grande, pois os vírus se comunicam. Mas cada vez mais a ciência vai se apropriando de como é o comportamento do vírus e assim que a gente tiver o conjunto oficial do comportamento, a população vai ficar muito mais segura, mais tranquila — concluiu.
Questionado se há previsão de cidadãos brasileiros em países com surto do coronavírus, o ministro descartou a ideia sob a justificativa de que não há tratamentos diferentes entre os países.