MP do Pará não aceita inquérito contra brigadistas
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O Ministério Público do Pará considerou insuficiente o trabalho da Polícia Civil do Estado que resultou no indiciamento, em dezembro último, de cinco membros de entidades que combatem incêndios florestais na região turística de Alter do Chão, oeste do Pará. Os promotores devolveram para a polícia o inquérito que acusa os brigadistas de provocarem o fogo para filmá-lo e as investigações foram retomadas nesta segunda-feira (27/01/2020) para que mais testemunhas sejam ouvidas e perícias sejam refeitas.
Quatro dos cinco indiciados foram presos em novembro do ano passado, depois de investigação da polícia que os acusou de atuar para causar os incêndios que combatiam, como forma de atrair – e desviar – mais recursos. Eles foram soltos dias depois, quando foi concedido habeas corpus, mas acabaram indiciados no inquérito policial no último dia 20 de dezembro.
O delegado responsável pelo caso, Waldir Freire Cardoso, disse no relatório enviado ao MPPA que os responsáveis pelos incêndios são os brigadistas Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano Marcelo Aron Cwerner e Gustavo de Almeida Fernandes, além de Ronnis Repolho Blair, conhecido como “Cebola”, que foi treinado pela brigada, mas não é integrante.
Os promotores que analisaram os indiciamentos devolveram o inquérito à PCPA no último dia 20 de janeiro e as investigações foram reabertas nesta segunda.
“Cinco promotores de Justiça foram designados para atuação conjunta no processo e decidiram pela necessidade de novas diligências a serem cumpridas pela polícia, como apresentação de laudos, inquirição de testemunhas e outros”, informou o MPPA, em nota.
Não há prazo definido para a finalização dos trabalhos. Os indiciados sempre negaram qualquer irregularidade.