Adnet desfila com referências a Bolsonaro

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Foto: Leo Franco/AgNews

O humorista Marcelo Adnet desfilou pela São Clemente, na noite desta segunda-feira (24), com uma fantasia e em um carro alegórico com referências ao presidente Jair Bolsonaro.

“É um samba que propõe uma virada de esperança no final. Eu estou muito feliz com o desfile. Eu dei tudo de mim. Estou acabado”, disse o compositor.

Adnet sambou animado pela Sapucaí, usando peruca semelhante ao cabelo do presidente, de terno e em um carro com cartazes com frases como “Tá ok”, expressão muito usada por Bolsonaro, e “A culpa é do Leonardo di Caprio”, referente à acusação do presidente contra o ator em meio às queimadas na Amazônia.

Em alguns momentos, o humorista também fez flexões, exercício que o presidente já fez diversas vezes em agendas oficiais, e bateu continência, gesto militar também muito usado por Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército.

O humorista assina a composição do samba da São Clemente ao lado de André Carvalho, Gabriel Machado, Pedro Machado, Gustavo Albuquerque, Camilo Jorge, Luiz Carlos França e Raphael Candela.

A escola apresenta o enredo “O conto do vigário’, do carnavalesco Jorge Silveira.

“O Brasil é assim. Acho que o lance das fakenews é o verdadeiro ‘Conto do Vigário’. É o conto que nasce bem humorado, engraçado, na malandragem, até inocente e saudável, e depois evolui para o cenário de fakenews. Um conto do Vigário institucionalizado. Então, é um enredo que vai do humor até uma crítica mais séria. Mas o carnaval é festa e o brasileiro é muito bom de fazer piada com sua própria desgraça”, comentou.

Adnet confirmou que vai voltar a fazer samba para a São Clemente no próximo carnaval.

“Com certeza eu quero continuar fazendo samba. Depois que a gente começa a compor não quer parar mais. Ano que vem estou compondo novamente na São Clemente (…) “Vamos disputar. Que leve o melhor.”
Adnet desfila em carro alegórico.

Em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, no podcast “O Assunto”, Adnet disse que não sairia vestido de Bolsonaro. “Eu devo ir como um politico, né, um presidente, aí a leitura pode ser de cada um”, explicou.

G1