“Comunista” cresce na disputa com Trump

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Foto: Mike Segar/Reuters

Conhecido por atrair jovens, integrantes de minorias e eleitores progressistas, um número revelado pela revista Rolling Stone mostra que o senador Bernie Sanders é o favorito de muitos militares da ativa, pelo menos quando o quesito é o valor doado à campanha dele.

Citando números da Comissão Eleitoral Federal, a publicação afirma que US$ 185.625,00 doados à campanha vieram de integrantes das Forças Armadas, superando os US$ 113.012,00 recebidos por Donald Trump e muito à frente dos US$ 33.045,00 doados ao ex-vice-presidente Joe Biden. A comissão mantém uma lista com os nomes das 20 empresas cujos funcionários mais doaram a uma determinada campanha — além dos militares, companhias como a Amazon, o Walmart e o Serviço Postal dos EUA possuem números consideráveis de apoiadores de Bernie em seus quadros.

Cabe ressaltar que a lista mostra apenas o local de trabalho dos doadores e não doações feitas pelas companhias.

Em 2016, o cenário era bem diferente: as doações de militares a Donald Trump eram quase duas vezes maiores do que as feitas a Hillary Clinton. Uma pesquisa realizada pela revista Military Times naquela ocasião também mostrou um grande apoio ao republicano entre os militares. Mas, segundo a Rolling Stone, a situação mudou bastante durante nos últimos anos, e as visões do senador sobre acabar com conflitos aparentemente sem fim, como a guerra no Afeganistão, pode ter pesado.

A publicação ainda lista ações do presidente que não repercutiram bem entre as tropas, como a decisão de suspender o apoio às milícias curdas na Síria, ao aumento do contingente militar na Arábia Saudita e, mais recentemente, a quase guerra com o Irã. Ações que foram publicamente criticadas por Sanders.

Os números da Comissão Eleitoral revelam um cenário interessante quando os outros candidatos democratas são analisados. Joe Biden, por exemplo, registra um grande número de doadores do mercado financeiro. A senadora Elizabeth Warren é popular entre funcionários de empresas de tecnologia e de universidades, como Harvard e a Universidade da Califórnia, um padrão seguido por Pete Buttigieg. Já a lista do presidente Donald Trump inclui doações de funcionários de um comitê de ação política (Super PAC) e do Ultimate Fighting Championship.

O Globo