Flavio Bolsonaro diz que PF não o acoberta
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) defendeu nesta segunda-feira a investigação da Polícia Federal (PF) que o isentou dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
“Quando a investigação é isenta, só tem esse resultado possível”, disse o parlamentar após participar ao lado do pai, o presidente Jair Bolsonaro, do lançamento de pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo, na zona norte da capital paulista.
Conforme reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, a PF concluiu que não há indícios de que Flávio teria cometido os crimes de lavagem e falsidade ideológica. A conclusão da PF não coincide com a apuração de um outro inquérito, do Ministério Público do Rio, que investiga a prática de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. O esquema envolve a devolução de parte dos salários dos funcionários aos deputados.
Para a Promotoria, Flávio lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias e com sua loja de chocolates. O senador nega os crimes. Essa investigação começou após um relatório de inteligência do Coaf constatar uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão no intervalo de um ano nas contas de Fabrício Queiroz, funcionário do gabinete de Flávio e amigo do presidente Jair Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que “não se mete” com o Judiciário. “Pergunta para a PF, não me meto com o Judiciário”, disse o presidente.
Mais tarde, o advogado de Flávio, Frederick Wassef, divulgou nota na qual afirma que a investigação da Polícia Federal “reforça a inocência” do seu cliente.
“Os investigadores entenderam que não há indício de crime ou qualquer irregularidade e que, portanto, a denúncia não tem fundamento. Tudo isso deixa ainda mais evidente que o parlamentar enfrenta uma campanha de perseguição movida por forças com interesses escusos. A defesa acredita na Justiça brasileira e tem certeza que a verdade prevalecerá”, diz a nota divulgada por Wassef.