Petrobras terá audiência de conciliação com petroleiros
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a estatal está preparada para enfrentar uma longa greve. Porém, a expectativa é que a empresa chegue a um acordo com os sindicatos dos trabalhadores no Tribunal Superior de Trabalho (TST), que marcou um audiência de conciliação para esta sexta-feira.
– Estamos preparados para enfrentar uma longa greve. E temos gente dedicada e disposta a trabalhar intensamente, pois essas pessoas têm amor a camisa da Petrobras. Ontem (quarta-feira) eu liguei para um aposentado da Petrobras, que foi assediado em seu prédio por simplesmente ter decidido voltar a ativa e trabalhar. Ele foi vítima de um ataque covarde de radicais. Louvei a atitude dele e mostrei meu repúdio. Oferecemos proteção a ele e sua família. O Brasil é uma democracia e a liberade de escolha tem que ser respeitada – disse Castello Branco.
Na coletiva de imprensa para comentar o resultado de 2019, Roberto Ardenghy, diretor de Relações Institucionais da estatal, disse que a expectativa é positiva amanhã em Brasília.
Segundo ele, a estatal ofereceu assistência médica por dois anos e programa de requalificação com curso no Senai para os 396 funcionários que serão demitidos com o fechamento da fábrica de fertilizantes no Paraná, estopim da atual greve.
– A expectativa é positiva com a reunião amanhã. É uma audiência de conciliação. A pré-condição é o retorno de todos ao trabalho. Estamos coletando as informações para saber se todos voltaram ao trabalho – disse Ardenghy.
Castello Branco explicou ainda que, além dos 396 funcionários da Petrobras, as outra 600 pessoas pertencem a empresas terceirizadas que, segundo ele, podem ser realocadas por essas mesmas companhias para outros projetos.
– A russa Acron em novemrbo do ano passado desisitiu de comprar a fábrica de fertilizantes. Não é justo que a Petrobras carregue esse prejuízo para sempre nem justo para a sociedade. Não podemos disperdiçar valor.