Declarações de Guedes indicam que ele não sabe o que fazer

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Wilson Dias/Agencia Brasil

Paulo Guedes, ministro da Economia, já não sabe mais o que diz — e a afirmação traz a sugestão generosa de que, em algum momento, ele, de fato soubesse, escreve o jornalista Reinaldo Azevedo em sua coluna publicada no Uol.

Reunido com empresários na Fiesp, disse que a moeda americana pode atingir esse patamar “se muita besteira for feita”. Nas suas palavras: “Pode chegar a R$ 5? Ué, Se o presidente pedir para sair, se o presidente do Congresso pedir para sair, se todo mundo pedir para sair… Se todo mundo falar que… Entende? Se tiver… Bom, às vezes, eu faço algumas brincadeiras de professor, e isso vira coisa errada”.

Em meio à confusão, sobra a repetição: “pedir para sair”. Bem, infelizmente, o presidente da República não será tão generoso com o país. Ao contrário. Ele atua para ficar — e, pelo visto, nem importa tanto o método.

Segundo Reinaldo Azevedo, Guedes passou boa parte da vida achando-se um gênio insuperável e incompreendido, embora ninguém à sua volta, entre amigos e inimigos, pensassem o mesmo. Isso foi moldando um temperamento muito particular, que a gente poderia definir como “ressentimento altivo” — ou “altivez ressentida”, a depender do aspecto que se queira ressaltar do seu caráter.

Quando critica a economia brasileira, ele não se refere aos últimos 5, 10, 15 anos… Nunca faz por menos de 30. Imaginem aquela fonte de sabedoria reprimida a ver tanta coisa errada sendo feita ao longo dos anos, quando ele, Guedes, tinha a Pedra Filosofal.

Redação com UOL