Família de Marielle não quer prisão só de executores

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Foto: Silvia Izquierdo/AP

A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro de encaminhar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, executores de Marielle Franco e Anderson Gomes, para o Tribunal do Júri foi, claro, bem recebida pelos familiares das vítimas. Nesta terça-feira, o juiz Gustavo Kalil determinou que ambos serão submetidos ao crivo do povo. Mas há um engasgo no sentimento de justiça.

“O que ainda se lamenta muito é que no próximo dia 14 faz dois anos que Marielle e Anderson foram assassinados e ainda não chegamos aos mandantes”, afirmou ao Radar o advogado João Tancredo, responsável pela defesa da viúva da vereadora, Mônica Benício. “Nós tínhamos alguma esperança de chegar a esse nome através do capitão Adriano, mas desde sua execução ficamos um pouco mais descrentes”, disse.

Ainda segundo o advogado, a família da vereadora acompanha com cuidado as informações sobre os 13 aparelhos que pertenciam ao ex-capitão do Bope, morto na Bahia há quase um mês. “O que a família também não está entendendo é onde estão os celulares. Porque tanto silêncio? Quem mandou matar Marielle?”, questionou.

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