Hospital de SP é campeão em mortes por vírus

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Foto: Reprodução

Operadora de saúde onde foi registrada a primeira morte do coronavírus no país e com foco na prestação de serviços a pessoas com mais de 50 anos, a Prevent Senior já dedica duas de suas quatro unidades de pronto-atendimento ao coronavírus em São Paulo, cidade que registrou os primeiros casos da doença no Brasil.

Fundada em 1997 e com rede própria de atendimento por meio dos hospitais da marca Sancta Maggiore, a operadora de porte médio já registrou cinco mortes em sua unidade do bairro Paraíso, na zona sul de São Paulo, e tem pelo menos 97 pessoas internadas na unidade. Em poucos dias, teve que ampliar o atendimento para casos suspeitos do Covid-19 para um novo prédio, no bairro Santa Cecília, na zona central, onde já há 60 pessoas internadas em função da doença.

Pessoas próximas da direção da empresa preveem o colapso da rede nos próximos dias, em função da propagação do vírus, mas diz haver busca de soluções para minimizar o problema. Em fiscalização nesta semana, o setor de vigilância epidemiológica da prefeitura atestou insuficiência de funcionários para lidar com a crise, além de sinais de superlotação nas unidades, dado que a empresa nega.

“A Prevent Senior mantém o atendimento aos seus pacientes de acordo com a sua cultura de acolher a cuidar das pessoas, e com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e OMS”, escreveu em nota enviada ao GLOBO o advogado Nelson Wilians.

Segundo o balanço financeiro oficial de 2018, o último disponível, a rede registrou naquele ano 420 mil clientes e faturamento de R$ 3 bilhões, R$ 500 milhões a mais do que o registrado em 2017. Os custos de serviços naquele ano representaram 67,5% da receita da empresa, taxa considerada baixa na comparação com outros planos de saúde.

Os pais da primeira vítima fatal do coronavírus seguem internados em unidade da Prevent Senior localizada no bairro Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Idosos e com 82 e 83 anos e também beneficiários do plano de saúde, eles tentaram fazer o teste para o doença no dia seguinte à internação do filho, mas foram informados, no hospital, que não havia testes disponíveis.

Segundo uma das filhas do casal, no hospital foi dada a eles a opção de pagar R$ 250 por um teste, em atendimento particular. Eles não aceitaram e voltaram para casa. O casal só voltaria a ser internado dois dias depois da morte do filho, quando veio à tona a falta de atenção aos familiares da primeira vítima da Covid-19 no país.

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