Ministério da Saúde divulga 13 casos de coronavírus no Brasil

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Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

O Brasil já registrou 13 casos confirmados do novo coronavírus, segundo balanço do Ministério da Saúde atualizado na tarde desta sexta-feira. São dez em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo e um na Bahia.

O caso do Distrito Federal, cujo primeiro teste deu positivo, ainda espera a contraprova do Instituto Adolfo Lutz, localizado em São Paulo, para ser considerado positivo. Até o último boletim, divulgado na quinta-feira, eram nove casos confirmados.

Os casos suspeitos passaram de 631 para 768; a maioria deles continua sendo registrada em São Paulo (222). Em seguida vêm Minas Gerais (123), Rio Grande do Sul (112), Rio de Janeiro (111) e Santa Catarina (59).

Por região, são 457 casos no Sudeste, 196 no Sul, 54 no Nordeste, 54 no Centro-Oeste, e sete no Norte.

Outras 480 suspeitas já foram descartadas —são pessoas cujos testes apontaram a presença de outros vírus, como os provocadores da gripe, ou que deram negativo para o Sars-CoV-2.

Segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, os casos novos são de pessoas que viajaram para o exterior.

Assim, apenas dois casos já informados na quinta-feira são de transmissão local, ou seja, de pessoas que contraíram o vírus no Brasil. Os outros 11 são casos importados.

Croda disse que há atualmente transmissão local, quando é possível identificar quem transmitiu o vírus para quem, mas não transmissão comunitária ou sustentada, quando não é possível fazer essa identificação. Mas, segundo ele, é uma “questão de dias” para que o quadro mude.

— Não tem como precisar quando. A gente acredita que seja uma questão de dias, até porque há relatos de pacientes assintomáticos que possuem o vírus. A gente confirmou um no Brasil. E no navio (impedido de atracar no Japão porque havia pessoas com coronavírus), foram 50. Quando há pessoas assintomáticas, é difícil identificar quem transmitiu para quem — disse Croda.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o ministério ampliará o critério para identificar casos suspeitos, abrindo mão da lista de alerta com países de onde viajantes que retornam poderiam ser considerados suspeitos, caso tivessem sintomas.

— Chegamos a uma fase em que a orientação de fazer nexo com um país de transmissão não faz mais sentido. A partir de agora, como a maiora dos voos que chegam ao Brasil vêm da Europa e dos Estados Unidos, não vamos mais fazer nexo com países, mas com viagem ao exterior, para a América do Norte, Europa e Ásia.

O Globo