Moro sinaliza preferir política a STF

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Foto: Reprodução/Veja

Um dos maiores desafios para quem tenta projetar um cenário realista a respeito da próxima eleição presidencial envolve o destino de Sergio Moro. As pesquisas mostram que o ministro da Justiça é o único hoje que reúne condições reais de bater Jair Bolsonaro num eventual confronto direto. Ele, no entanto, já disse inúmeras vezes que não será candidato a cargo eletivo, sobretudo se isso significar ter de enfrentar nas urnas o atual chefe. Há quem duvide dessa convicção, especialmente os bolsonaristas mais radicais. Para esse grupo, o ex-­juiz usa sua posição no governo para consolidar a própria imagem e pavimentar o caminho para uma futura campanha — com Bolsonaro, ao lado dele ou, se for o caso, até mesmo numa disputa com o presidente. Essa última hipótese é a que mais gera especulações, alimentadas, muitas vezes, pelo ministro mesmo. No mês passado, durante um jantar, Moro emitiu sinais de que algo mudou em seu cronograma. Em novembro, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, completará 75 anos e será aposentado compulsoriamente. Até pouco tempo atrás, a indicação de Moro para a vaga era dada como certa — e ele não negava a intenção de assumir o cargo. Aliás, foi o aceno nessa direção que fez o ex-juiz da Lava-Jato aceitar o convite para integrar o governo. Ao que parece, porém, o STF não é mais prioridade.

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