Populismo sanitário de Bolsonaro indigna até aliados

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Foto: Sergio Lima/AFP via Getty Images

A reação de Ronaldo Caiado (DEM-GO) mostra, segundo analistas, que até na base conservadora a atitude de Jair Bolsonaro, de apoio explícito aos atos, foi repudiada. Em redes privadas, líderes se indignaram com a presença do presidente ao lado dos que deixaram suas casas, desafiando recomendações da Saúde, para atacar instituições. Segundo participantes das conversas, pela primeira vez surge um sentimento suprapartidário de que o presidente precisa de freio por escolher a minoria ultrarradical em detrimento da maioria dos brasileiros.

“Ninguém mais do que Ronaldo Caiado enfrentou as esquerdas no Brasil”, disse o próprio a manifestantes, ressaltando que era um dos poucos a apoiar Bolsonaro. Terminou vaiado por uma minoria radical.

Um bom analista político acha que Bolsonaro dividiu sua base popular entre quem tem bom senso e quem não tem ao bancar as manifestações no meio da crise de saúde.

Segundo ele, a classe média não gosta de ser pintada de radical e a fatura pode chegar em breve ao presidente.

Não é a primeira vez que a base bolsonarista se divide. A primeira foi na indicação do filho Eduardo para a embaixada do Brasil em Washington (EUA). Nesse episódio, o presidente teve de recuar.

Numericamente, as manifestações deste domingo em todo o País foram pífias. Quem foi, mostrou ser radical no ataque às instituições e na defesa do presidente.

Estadão