Presidente do BB segue pregando burla da quarentena
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, tem insistido com interlocutores que a quarentena deve ser relaxada já, como prega (e pratica) Jair Bolsonaro.
Diz Novaes:
— Lembro quando Roberto Campos, o avô, dizia: “a lógica, inventado pelos gregos no hemisfério Norte, não se aplica abaixo do Equador”. Não obstante, tentemos usar um pouco de lógica a partir de declarações médicas indicando que a epidemia só se extinguirá após atingida, e portanto imunizada, uma determinada parcela da população, digamos 70%. Ora, se isto é verdade, o que realmente importa é que os velhinhos e os já doentes estejam entre os 30% da população que não será contaminada pelo vírus. Afinal, são eles que demandam atendimento de UTIs e apresentam maior taxa de letalidade. Resolve-se o problema do pico de demanda por atendimento hospitalar e reduz-se o número de mortos. Quanto aos 70% da população que será infectada, melhor que que o seja o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente. Deixa essa gente trabalhar!
Novaes também defende nestas mesmas conversas que a equipe econômica não desfez-se do receituário liberal nesta crise:
— Erram os que dizem que os liberais, afinal, renderam-se ao keynesianismo. Não estamos fazendo política fiscal compensatória estimuladora de demanda, pois isso não faria sentido quando a produção está travada por decretos de governadores e prefeitos. O que estamos fazendo, sim, é política de seguridade social, ao aliviar as desgraças dos mais vulneráveis e ao procurar preservar empresas para que a estrutura produtiva esteja de pé quando a crise epidemiológica passar.