Bolsonaro surpreende médicos quebrando promessa

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Foto: Reprodução

Médicos e pesquisadores que estiveram anteontem com Jair Bolsonaro se surpreenderam com o vídeo postado por ele contra o isolamento social e a quarentena na manhã seguinte ao encontro. A um presidente atento e “atencioso”, o grupo defendeu as medidas restritivas de convívio como única resposta possível à covid-19 neste momento. Os especialistas em cloroquina alertaram diretamente Bolsonaro: os estudos brasileiros sobre o medicamento ainda devem demorar mais dois meses, no mínimo. O presidente tomou notas e falou pouco.

A conversa foi técnica e rápida. Bolsonaro quis saber como é cuidar de pacientes com a covid-19. As respostas foram diretas: casos graves em UTI são muito difíceis de tratar. As unidades de São Paulo, disse o grupo ao presidente, já estão cheias.

No dia seguinte, Bolsonaro disse desconhecer “qualquer hospital que esteja lotado” e repetiu posição contrária ao confinamento e de ataque aos governadores.

Presente ao encontro, Osmar Terra (MDB-RS) fez um ou outro comentário na contramão dos médicos e dos pesquisadores de que no Brasil o vírus poderia ter outro comportamento. Eles retrucaram: não há indícios científicos nesse sentido. PS: Henrique Mandetta não participou da reunião.

Estadão