Espanha alcança EUA e atinge 100 mil casos de coronavírus

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: SERGIO PEREZ / REUTERS

A Espanha registrou um novo recorde diário de mortes por coronavírus com 864 falecimentos nas últimas 24 horas, o que eleva o total de vítimas fatais no país 9.053, de acordo com o balanço anunciado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.

No dia 31 de março, foram 849 mortes e 9.222 casos positivos. No dia anterior, 812 mortes e 6.398 infectados.

Segundo país com mais mortes provocadas pela Covid-19, atrás apenas da Itália, a Espanha tornou-se o terceiro país do mundo a superar a barreira dos 100.000 casos notificados desde o início da epidemia.

Ainda assim, o panorama no país dá sinais de estabilização, tanto no número de mortes quanto nos casos. Após um pico previsível na terça-feira (quando foram divulgados os dados acumulados de segunda-feira que não foram relatados no fim de semana), o crescimento continua a ser cada vez mais suave. Nas mortes, é de 10,5% em relação ao total, em declínio constante desde 25 de março, quando o aumento foi de 27%.

Em relação aos casos positivos, que representam uma foto muito parcial (mostra os resultados positivos de cerca de duas semanas atrás, uma vez que os testes ainda não foram realizados em grande escala, apenas para pessoas com sintomas graves), o crescimento também desacelerou lentamente. Na quarta-feira, foram computados mais 7.719, chegando a 102.136. O aumento em relação ao total de casos é de 8,1% e também retorna ao caminho do achatamento da curva de contaminação após o pico na terça-feira.

Os responsaveis pelo centro nacional de alerta e emergência, os médicos Fernando Simón e María José Sierra, destacaram ainda a queda na taxa de internações e internações em UTIs.

— No momento, não estamos mais na batalha por atingir ou não o pico de transmissão, parece que já estamos lá e já estamos descendo. Agora, nossa batalha é que nosso sistema nacional de saúde seja capaz de garantir a cobertura adequada para todos nossos pacientes — disse Simon — Para isso, temos que diminuir drasticamente o número de (novas) internações e (novos) pacientes da UTI. Os dados parecem indicar que estamos indo na direção certa.

Ele acrescentou que é preciso esperar alguns dias para avaliar a tendência de queda, após três semanas de confinamento social.

O Globo