Mandetta diz que país pagará caro por aglomerações
Foto: Jorge William/Agência O Globo
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em publicação nas suas redes sociais que o aumento na circulação de pessoas nas cidades registrado nesta quinta-feira vai cobrar um preço “ali na frente”, se referindo à Covid-19. Ele disse que o coronavírus “adora que as pessoas achem que ele é inofensivo”.
— Nós estamos em um momento em que nós vamos colher um pouco dos frutos, essa semana, das nossas difíceis reduções de mobilidade social que fizemos nas últimas duas semanas. Hoje, eu vi que o pessoal começou a andar mais. Vamos pagar esse preço ali na frente. Esse vírus adora aglomeração, adora contato, adora que as pessoas achem que ele é inofensivo. E aí, as cidades podem pegar a transmissão sustentada — afirmou.
Mandetta anunciou na publicação a liberação de R$ 4 bilhões em recursos extras para estados e municípios que fazem tratamentos da média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, os recursos já foram depositados para os entes federados.
O ministro disse ainda que deve chegar na terça-feira na China um avião que vai buscar a primeira parte de uma encomenda de equipamentos de proteção individual feita pela pasta. A aeronave deverá trazer ao Brasil um lote de 40 milhões de EPIs. A previsão é que sejam realizadas mais quatro entregas destas, uma por semana. Segundo ele, a partir daí, os estados e municípios poderão fazer compra direta porque o mercado na China está “normalizando”.
Mandetta admitiu que há ainda dificuldade quanto aos respiradores e destacou acordos com a indústria nacional que visam elevar a produção de 800 para até 15 mil destes aparelhos em 90 dias.