Primeiro ano de Bolsonaro fez explodir violência policial

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Foto: Spencer Platt / Getty Images

Ao menos 5.804 pessoas foram mortas por policiais no ano passado – um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 159 policiais foram assassinados. O índice de mortes entre agentes caiu 51%.

O levantamento foi feito pelo G1 com base nos dados oficiais de 25 estados e do Distrito Federal. Apenas Goiás não respondeu todos os dados.

O aumento no número de mortes cometidas por policiais vai na contramão da queda de mortes violentas no país. No período analisado, os assassinatos caíram 19%.

Já as mortes de policiais em confronto caiu 51%. Em 2018, 326 oficiais foram assassinados. Neste ano, o número caiu para 159. Este é o terceiro ano seguido em que há um aumento de mortes por policiais e uma diminuição de policiais mortos.

Os estado que têm a maior taxa de policiais mortos no país são Tocantins e Rio Grande do Norte, com 1,3 a cada mil. Das 5.804 mortes cometidas pela polícia no ano passado, cerca de 95% aconteceu em serviço. O restante são vítimas de policiais que não estavam trabalhando no momento.

O Rio é o estado que tem o maior número absoluto de pessoas mortas em confronto com a polícia e detem a segunda maior proporção de assassinatos por 100 mil habitantes entre os estados. Em um ano, 1.810 foram assassinadas por agentes de segurança, um taxa de 10,5 mortos a cada 100 mil habitantes. É a maior alta registrada no estado desde 1998, quando os dados começaram a ser produzidos.

O Amapá lidera o número de policiais mortos proporcionalmente entre os estados pesquisados. A cada 100 mil habitantes, 15,1 policiais foram assassinaados. O governo do estado disse ao G1 que o aumento de mortes por intervenção de agentes no estado ocorreu devido ao maior enfrentamento à ação policial.

Os dados foram levantados pelo G1 via Lei de Acesso à Informação e com as assessorias de imprensa das secretarias da Segurança.

O Globo