Redução da quarentena coincide com alta de mortes

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Foto: EVARISTO SA / AFP

O Ministério da Saúde anunciou hoje, em seu site oficial, que subiu para 3.313 o número de mortes confirmadas pelo novo coronavírus no Brasil — 407 óbitos nas últimas 24 horas, maior número registrado no período desde o início da pandemia. Até ontem, eram 2.906 mortes registradas.

O recorde anterior era de 217 vítimas fatais, registrado no dia 17 de abril. No total, são 49.492 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do ministério, sendo 3.735 diagnósticos confirmados de ontem para hoje.

Ao todo, 26.573 pessoas se recuperaram da covid-19, enquanto 19.606 estão em acompanhamento, informou a pasta do governo federal. A taxa de letalidade — que compara os casos já confirmados no Brasil com a incidência de mortes — é de 6,7%.

O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 407 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia.

No total, as mortes em decorrência do coronavírus confirmadas em cada estado são:

Acre (10); Alagoas (22), Amapá (16); Amazonas (234); Bahia (59); Ceará (266); Distrito Federal (25); Espírito Santo (42); Goiás (23); Maranhão (76); Mato Grosso (7); Mato Grosso do Sul (7); Minas Gerais (51); Pará (53); Paraná (60); Paraíba (40); Pernambuco (312); Piauí (15); Rio Grande do Norte (34); Rio Grande do Sul (29); Rio de Janeiro (530); Rondônia (5); Roraima (3); Santa Catarina (39); São Paulo (1.345); Sergipe (8); Tocantins (2).

O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou hoje durante coletiva de imprensa que o aumento de 407 mortes confirmadas de ontem para hoje foi maior do que o esperado pelo governo.

“Em relação aos números, sobre casos novos e óbitos, a gente teve um aumento nos óbitos que foi acima do que vinha acontecendo anteriormente”, afirmou o ministro.

“A gente não sabe se isso representa um esforço de fechar os diagnósticos ou se representa uma linha de tendência de aumento. Como eu disse ontem, a gente avalia todo dia o que acontece até hoje à tarde. A partir dos dados novos, a gente define as próximas ações”, completou.

Com base no aumento registrado, o ministério avalia quais novas medidas podem ser tomadas a curto prazo, especialmente caso a tendência de aumento se mantenha.

“Na prática, o que se tem que fazer é acompanhar dia a dia. Se for uma linha de tendência de aumento, os números dos próximos dias vão aumentar cada vez mais, e a gente vai saber que isso não é um esforço pontual, é uma tendência. Por isso comentei ontem também que as expectativas, os modelos, as previsões, têm que ser feitos usando os dados mais recentes”, afirmou Teich.

Segundo o ministro, as medidas diante do aumento registrado de ontem para hoje devem ser tomadas com base nos dados que serão recolhidos nos próximos dois dias.

“Essencialmente, o que a gente vai ter que fazer é ver os próximos dois dias, o que vai acontecer. Com isso a gente vai ter uma ideia, um fato do que está acontecendo, e vai tomar as ações necessárias”, disse.

Uol