Bolsonaristas propõem até morte de ministros do STF

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Uma organizadora de um acampamento político em Brasília falou em convencer “coercitivamente” os ministros do Supremo Tribunal Federal de que eles não detêm o poder que tentam exercer, passando dos limites, na visão dela. Pela internet, um matemático vinculado à PUC de Minas Gerais foi mais explícito ainda.

“A elevação de ministros do STF a semideuses não está prevista na Constituição e esses canalhas têm de ser contidos, se necessário na bala”, escreveu Leopoldo Grajeda, que dá aulas na pós-graduação da instituição de ensino mineira, em uma discussão no Facebook no último dia 3 de maio.

Grajeda, além de professor, é político. Em 2016 ele se candidatou a vereador em Belo Horizonte pelo PEN, mas não foi eleito.

O artigo 142 da Constituição, invocado pelo militante, trata do papel das Forças Armadas na República brasileira. Para leitores mais extremados do texto constitucional, o artigo traria as bases para uma intervenção militar, possibilidade que não é reconhecida pela quase totalidade dos juristas.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ele usa sua rede social para atacar adversários e tem mirado os ministro do Supremo, como nesta outra postagem.

A implicância dos bolsonaristas com a Corte piorou depois de decisões como a proibição, pelo ministro Alexandre de Moraes, da nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a Direção Geral da Polícia Federal.

Para os apoiadores de Bolsonaro, o STF está usurpando os poderes do chefe do Executivo e podando sua influência política.

Metrópoles