Jefferson terá que entregar fuzil à Justiça

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Foto: Reprodução

No mandado de busca e apreensão contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e aliado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura fake news e ataques virtuais a autoridades, determinou a apreensão de armas de Jefferson pela Polícia Federal. No início do mês, o ex-parlamentar fez uma publicação nas redes sociais empunhando uma arma e pediu ao presidente que “demitisse” os ministros do STF.

“Estou me preparando para combater o bom combate. Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os traidores, contra os vendilhões da Pátria. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, escreveu o ex-deputado, condenado e preso no escândalo do mensalão, em publicação acompanhada de uma foto que o mostra com um fuzil à mão.

Pouco antes, o mensaleiro havia tuitado que o presidente deveria “demitir e substituir” os ministros do Supremo, classificados por ele como “herança maldita”. “Bolsonaro, para atender o povo e tomar as rédeas do governo, precisa de duas atitudes inadiáveis: demitir e substituir os 11 ministros do STF, herança maldita. Precisa cassar, agora, todas as concessões de rádio e TV das empresas concessionárias GLOBO. Se não fizer, cai”, escreveu.

 

Na decisão, Moraes anotou que “os documentos e informações juntados aos autos até o momento, notadamente as reiteradas postagens em redes sociais de mensagens contendo graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática, conforme se vê dos relatórios juntados nestes autos no Apenso 71, fornecem sérios indícios da prática de crimes por ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO”.

Além de armamento, Moraes também determinou a busca e apreensão de computadores, tablets, celulares e “quaisquer outros materiais relacionados à disseminação das aludidas mensagens ofensivas e ameaçadoras em poder do investigado Roberto Jefferson nos endereços residencial e profissional identificados pela autoridade policial”.

O ministro ainda autorizou o bloqueio das contas do ex-deputado nas redes sociais, apontado por Moraes como “necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às Instituições Democráticas”.

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