Por que Bolsonaro pede que seguidores se armem
Foto: Gabriela Biló/Estadão
O presidente Jair Bolsonaro começou a semana batendo na tecla de que armar a população garantirá a “liberdade”. Em sua nova investida no tema, ao qual dedicou grande energia na reunião ministerial de 22 de abril, Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo do falecido ator norte-americano Charlon Heston, astro de Ben-Hur.
Em uma conferência da Associação Nacional do Rifle, da qual era presidente, em 2000, o ator brande um rifle e diz que se Al Gore, então candidato a presidente dos EUA, tentasse limitar o uso de armas no país, teria de arrancar o rifle de suas “geladas mão mortas”.
Bolsonaro emprestou o vídeo de um grupo batizado de Embaixada da Resistência, que nas redes sociais posta mensagens contra o Supremo Tribunal Federal e Sérgio Moro e em defesa do armamento da população e de Bolsonaro e que faz propaganda das manifestações que têm ocorrido semanalmente em Brasília.
Na postagem, Bolsonaro insiste que armar a população é “a garantia de um povo livre”. Na reunião ministerial, o presidente disse que iria “escancarar” a questão das armas, por meio de uma portaria, para que as pessoas pudessem resistir a ordens de isolamento social determinadas por prefeitos e governadores, o que é incitar a desobediência.
– A garantia de um povo livre. pic.twitter.com/kRXrJ7d9aC
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 25, 2020