Bolsonaro quer ir diminuindo auxílio emergencial

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Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro orientou o Ministério da Economia a trabalhar uma redução escalonada do auxílio emergencial em três parcelas: R$ 500, R$ 400 e R$ 300. O custo fiscal é alto, da ordem de R$ 100 bilhões, o mesmo que seria caso a proposta inicialmente apresentada pelo Congresso de renovar por duas parcelas de R$ 600 fosse à frente. Bolsonaro deve discutir essa ideia com os presidentes da Câmara e do Senado, segundo apurou o Valor.

O chefe do Executivo está pressionado politicamente, correndo risco de uma derrota caso insista na proposta original de duas parcelas de R$ 300. O auxílio de R$ 600 hoje é uma das âncoras de popularidade de Bolsonaro.

Embora a carga fiscal desse desenho seja alta, o que é fonte de preocupação dado o alto endividamento do país, interlocutores da área econômica apontam algumas vantagens nesse desenho. “Serão três meses de cobertura, com R$ 500, R$ 400 e R$ 300 em vez de duas de R$ 600 e prepara aterrissagem entre R$ 600 de emergencial e R$ 200 de Bolsa Família”, explicou uma fonte.

Enquanto isso, a equipe econômica prepara o “aperfeiçoamento” do Bolsa Família, que já ganhou preliminarmente o nome de “Renda Brasil” e que deve incorporar outros programas sociais. O valor a ser pago no Bolsa Família repaginado deve ficar entre R$ 200 e R$ 300.

Em outra frente, o Ministério da Economia continua com foco em buscar fazer o crédito chegar na ponta. A área reconhecia que a atuação nesse flanco estava insatisfatória e nas últimas semanas adotou uma série de medidas para reverter esse quadro, principalmente no que tange ao crédito para as empresas de menor porte.

Uma fonte mostra-se muito satisfeita com a informação de que mais de 5 mil empresas tiveram suas propostas aprovadas no âmbito do Pronampe só no Banco do Brasil, com um volume de quase R$ 300 milhões, e com o processo ganhando velocidade na Caixa Econômica Federal.

Valor Econômico