Com Bolsonaro enfraquecido, Centrão sobe o preço

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Foto: Reprodução

Após uma rodada recente de nomeações de apadrinhados do centrão em cargos relevantes no governo, o “líder informal” do governo na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), está organizando uma planilha com novos pedidos a serem encaminhados para o Palácio do Planalto.

O grupo já conquistou espaços relevantes como o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e o DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), entregues ao PP, a secretaria de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, ao Republicanos, e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ao PSD de Gilberto Kassab.

Agora, os parlamentares estão de olho nas demais diretorias e secretarias dos ministérios. Muitos desses cargos já são ocupados por indicados de políticos, mas outros não. Na descrição de um parlamentar ouvido pelo GLOBO, os partidos próximos a Bolsonaro estão fazendo um consórcio para “ocupar tudo, menos os ministérios”.

Um dos pedidos é para ocupar a Secretaria de Políticas Agrícolas, do Ministério da Agricultura. César Halum, filiado ao Republicanos, foi indicado ao posto pelo líder do partido na Câmara, Jhonatan de Jesus (RR).

Já o líder do PL, Wellington Roberto (PB), quer emplacar seu filho no Ministério do Turismo — a área desejada por ele é a Embratur. Recentemente, o órgão teve seu orçamento aumentado em R$ 600 milhões por uma Medida Provisória (MP). A esposa de Wellington Roberto já ocupa um cargo na Funasa em Brasília.

Ainda está pendente uma indicação importante ao PL da primeira rodada de conversas neste ano, o Banco do Nordeste. O nome do ex-presidente da Casa da Moeda Alexandre Borges Cabral está em análise no governo para assumir o comando do órgão. Cabral substituiria Romildo Rolim, que está na presidência desde 2017 por indicação do MDB.

O PL é o partido de Valdemar Costa Neto, ex-deputado condenado pelo mensalão. Já o PP é presidido por Ciro Nogueira — em conjunto com Arthur Lira e outros políticos do partido, ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de um esquema de corrupção.

O Globo