Coronel diz que brasileiro gosta de descumprir leis

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Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

A semana passada foi marcada pela flexibilização das medidas de combate à Covid-19 no município do Rio. Shoppings reabertos e praias com algumas atividades físicas liberadas acabaram dando brecha para algumas pessoas desrespeitarem as regras definidas no plano de retomada gradual. No sábado de sol, policiais militares caminhavam nas areias de praias na Zona Sul da cidade para tirar quem insistia em permanecer parado, o que não é permitido. Mas quando os agentes seguiam a diante para continuar a fiscalização, muitos banhistas voltavam para a areia.

Em entrevista ao RJ TV, da Rede Globo, o coronel Mauro Fliess, porta-voz da PM, disse que 132 pessoas na Zona Sul foram levadas para a delegacia por desrespeito às novas regras desde o início da pandemia.

– A Polícia Militar vai sempre agir de acordo com o que é previsto no decreto. Iremos continuar conscientizando as pessoas da necessidade de ficar em casa. (…) A sociedade precisa de conscientizar. Estamos diante de um inimigo invisível que só no estado já fez oito mil vítimas – apontou Fliess. – Nossa maior dificuldade é em relação à cultura das pessoas em desobedecer as leis. O que vale é o decreto. E a Polícia Militar estará nas ruas para conscientizar. Não havendo a atenção, as pessoas serão presas como já aconteceu 132 vezes.

O feriado de Corpus Christi, na última quinta-feira, deu uma ideia de como seria a movimentação nas ruas durante o fim de semana. O sábado ensolarado levou muita gente à orla. PMs advertiam a quem descumpria as novas medidas, mas sem conseguir evitar a permanência na areia e o uso de equipamentos de exercício.

– A Polícia Militar vai continuar empenhada na sua missão de orientar, de buscar conscientizar as pessoas. Para isso, nosso policiais militares estão nas praias, estamos usando o sistema de som das viaturas com mensagens para que as pessoas permaneçam em casa. Em casos extremos, estamos conduzindo pessoas para a delegacia – afirmou Fliess.

De acordo com o balanço divulgado neste domingo, a capital ultrapassou a marca de 5 mil mortes.

O Globo