Dólar sobe com 2ª onda de covid19

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Foto: Mohamed Abd El Ghany / Reuters

O período de desvalorização do dólar comercial frente ao real voltou a ser interrompido pelo temor da pandemia da Covid-19. Às 11h, a moeda americana era negociada com alta de 1,36%, valendo R$ 5,013. O mercado, que avalia dados de contaminação de regiões que já reabriram suas economias, teme uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus. Pouco tempo após a abertura, a divisa dos EUA chegou a R$ 5,112.

Nos Estados Unidos, o Texas registrou 2,5 mil casos da doença na última terça-feira, superando o recorde anterior de 1,9 mil em 31 de maio. No Arizona, hospitais que tratam novos casos de coronavírus operam com cerca de 83% de suas capacidades, de acordo com um relatório divulgado pelo Departamento de Serviços de Saúde.

Especialistas temem que as reaberturas das economias tenham sido precoces.

Na véspera, diante deste cenário, as Bolsas americanas encerraram os negócios com fortes quedas. A Bolsa de São Paulo, porém, estava fechada por conta do feriado de Corpus Christi. Ao reabrir nesta sexta, o Ibovespa (índice de referência) cai 2,7%, aos 92.133 pontos.

— A perspectiva de retomada da economia como um todo foi atrapalhada pelo aumento de casos nos Estados Unidos — destaca Mauricio Pedrosa, gestor da Áfira Investimentos. — Também pesa no mercado brasileiro, que estava fechado ontem, a perspectiva mais pessimista do Fed sobre a economia e também os dados sobre o Reino Unido.

A autoridade monetária dos EUA projeta que a economia americana vai recua 6,5% este ano. Em dezembro do ano passado, a projeção era de crescimento de 2% em 2020. Na Europa, a economia do Reino Unido encolheu 20,4% em abril em comparação ao mês anterior.

— O mercado reage às expectativas. Antes, o cenário era mais positivo, por isso uma temporada de ganhos. Agora, com uma sinalização que demanda mais cautela, os preços vão se reacomodar diante desta nova perspectiva — acrescenta Pedrosa.

Já na Europa, as principais Bolsas sobem na sessão desta sexta-feira. Em Londres (FTSE), a alta é de 1,06%. Em Paris (CAC) e Frankfurt (DAX) as valorizações são de, respectivamente, 1,74% e 0,87%.

O Globo