Pandemia parou de crescer semana passada

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Foto: GETTY IMAGES

A quantidade de mortes causadas pela Covid-19, por semana epidemiológica, permaneceu relativamente estável em junho. Apesar de uma variação ao longo do mês, o número terminou bem próximo ao do início do período. Em decorrência da doença, o Brasil registrou, entre 21 e 27 de junho, 7.094 óbitos. De 31 de maio a 6 junho, foram 7.096.

Os números são compilados diariamente pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, para alimentar o painel com informações sobre a pandemia de coronavírus. A página é mantida a partir dos balanços diários do Ministério da Saúde desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil.

Na pior semana de junho, entre os dias 14 e 20, o Ministério da Saúde contabilizou 7.256 mortes por Covid-19. No período epidemiológico anterior (de 07/06 a 13/06), o Brasil teve a menor quantidade no mês, 6.790 óbitos decorrentes do novo coronavírus.

Quando se faz a análise considerando a quantidade de casos confirmados, a situação é outra: houve aumento ininterrupto dos diagnósticos positivos. Na primeira semana, de 31 de maio até 6 de junho, as estatísticas contabilizaram 175 mil infecções.

Desde então, todas as semanas tiveram altas, passando para 177 mil entre os dias 07 de junho e 13 de junho; 217 mil entre 14 de junho e 20 de junho; e terminando o mês com 246 mil contaminados.

O Ministério da Saúde e vários especialistas alertam que o pico não será único em todo o país. Diferentes regiões experimentaram o auge da pressão no sistema de saúde em momentos distintos.

Só será possível determinar que os casos estão, de fato, diminuindo, depois de pelo menos duas semanas de queda consistente — esse é o período de incubação do coronavírus. De qualquer forma, o pico será identificado apenas quando olharmos para trás.

Mas como muitas capitais começaram a abrir o comércio e diminuir o distanciamento social, as estatísticas provavelmente vão aumentar nas próximas semanas. O impacto das mortes não será visto de maneira imediata, pois existe o período da incubação do vírus, a manifestação da doença e todo um caminho até um possível óbito.

Metrópoles