Presidente da Fundação Palmares não recebe negros

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O desdém do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, pelos movimentos negros também se reflete em sua agenda.

Entre 2 de março e esta terça-feira, Camargo não recebeu nem conversou virtualmente com movimentos sociais do grupo que deveria representar.

Segundo sua agenda, após retornar ao comando da Fundação, Camargo esteve com representantes do Gabinete de Segurança Institucional, do Incra, da Companhia Nacional de Abastecimento, da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, da Empresa Transmissora de Energia do Pará e com a deputada Alê Silva, do PSL de Minas. As conversas foram presencial ou virtualmente.

Camargo também cumpriu agenda no Palácio do Planalto e na EBC.

A situação é bem diferente do presidente anterior da Fundação, Vanderlei Lourenço, cuja agenda incluía estudiosos, lideranças quilombolas e chefes de missões da África no Brasil.

Nomeado por Jair Bolsonaro, Camargo já falou que os movimentos negros são um “conjunto de escravos ideológicos da esquerda”.

A coluna perguntou à Palmares o motivo da falta de interlocução com os grupos, mas não foi respondida.

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