Trump volta a criticar Bolsonaro

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Foto: Nicholas Kamm/AFP

Em seu primeiro discurso de campanha desde a eclosão do coronavírus nos Estados Unidos, o presidente americano Donald Trump voltou a citar o Brasil como mau exemplo na pandemia. O republicano fez a declaração para exaltar sua própria postura na crise – mas ressalvou que Jair Bolsonaro é seu “amigo”.

“O que há de errado em ter fechado (a economia). Nós salvamos milhões de vidas. Vocês sabem, muitas pessoas dizem que nós deveríamos ter adotado (imunidade de) rebanho. Vamos perguntar como estão no Brasil? Ele (Bolsonaro) é um grande amigo meu. Não estão bem. Vocês ouviram falar sobre a Suécia”, discursou. “Nós salvamos milhões de vidas e agora é hora de reabrir, de voltar ao trabalho.”

A Suécia, também citada por Trump, adotou inicialmente uma estratégia que não incluía quarentena nem outras medidas mais restritivas, apenas recomendações. O governo local mudou a abordagem após o país apresentar números muito superiores da Covid-19 em relação a seus vizinhos escandinavos.

No início do mês, o presidente americano já havia mencionado Brasil e Suécia como exemplos negativos no combate ao coronavírus. “Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível”, afirmou na época.

Em outra declaração no comício, Trump afirmou que pediu a redução da testagem no país para desacelerar o aumento de casos. “Testar é uma faca de dois gumes. Nós testamos 25 milhões de pessoas”, destacou. “Esta é a parte ruim quando você faz testes nessa amplitude: você vai encontrar mais pessoas, você vai encontrar mais casos. Então eu disse para o meu pessoal: reduzam a velocidade da testagem, por favor. Eles testam e testam. Temos testes e as pessoas não sabem o que está acontecendo.”

Um funcionário da Casa Branca afirmou sob anonimato à Agência France-Presse que Trump “com certeza estava brincando para denunciar a absurda cobertura da mídia”.

O comício aconteceu em Tulsa, Oklahoma, em um auditório com capacidade para 19.000 pessoas, mas que ficou com alguns espaços vazios. Muitos dos presentes não usavam máscaras e o público precisou assinar um documento isentando o presidente em caso de uma eventual contaminação.

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