Desembargador que humilhou guarda vira piada na rede
Foto: Reprodução
Flagrado sem máscara enquanto caminhava na praia em Santos, no litoral paulista, no último sábado, 18, o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, chamou de ‘analfabeto’ um guarda civil municipal que lhe pediu que colocasse o EPI, obrigatório em locais públicos durante a pandemia do novo coronavírus.
A postura do magistrado, que chegou a ligar para o secretário de Segurança Pública do município e a evocar um suposto irmão procurador de Justiça para intimidar o agente, foi criticada nas redes sociais.
A arrogancia do desembargador. pic.twitter.com/2ewx1EywwR
— @desenhosdonando (@desenhosdonando) July 20, 2020
Sobre desembargador escroto. pic.twitter.com/c0mfPhhCKI
— Gilmar (@CartDasCavernas) July 19, 2020
Com um desembargador, com certeza. pic.twitter.com/O6U4z1crnM
— Alexandre Mendes (@Alexandre_mlo) July 19, 2020
Internautas ironizaram a ‘arrogância’ do desembargador e chegaram a comparar o guarda responsável pela abordagem a Dalai Lama, chefe de Estado e líder espiritual do Tibete, em referência à paciência do profissional. Ele ouviu do magistrado que ‘não tem autoridade nenhuma’ e chegou a ser desafiado a multá-lo.
#Fantastico na realidade esse era o guarda municipal que parou o gordinho desembargador. pic.twitter.com/G6ofF1y7wi
— zumbi_ do_walking_dead (@casal_limeira) July 20, 2020
Em outra charge, Siqueira é comparado ao policial que asfixiou até a morte o segurança George Floyd, em Minnesota, nos Estados Unidos, em maio.
“Cidadão, não. Desemb
argador com contatos. Melhor do que você”. pic.twitter.com/jVPG5D7uXx
— Cleber Amaral (@CleberAmaral_) July 20, 2020
Entre os memes, o magistrado ganhou o apelido de ‘DC’, ou ‘Desembargador Carteirada’.
Desembargador Carteirada pic.twitter.com/uVpEQSacm1
— memecrata (@memecrata) July 19, 2020
Após o episódio, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu abrir uma investigação para apurar o caso. Por determinação do corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, o procedimento será conduzido no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O corregedor entendeu que os fatos podem caracterizar conduta que infringe os deveres dos magistrados estabelecidos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e no Código de Ética da Magistratura.