Maia cobra Bolsonaro por “renda mínima”

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Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou nesta quinta-feira que o governo defina e envie rapidamente a proposta do novo programa de renda mínima para análise do Congresso Nacional. O parlamentar sinalizou que, caso o governo demore para encaminhar o projeto, poderá ser pressionado a prorrogar novamente o auxílio emergencial de R$ 600.

“Tem que apresentar rapidamente a proposta de renda mínima para o Congresso analisar. Temos 60 dias para fazer. O governo tem que parar de fazer discurso e apresentar o programa para o Congresso. Se o governo deixar tudo para a última hora, a pressão da sociedade e do Parlamento será grande por um período maior de auxílio emergencial de R$ 600”, disse Maia, durante live organizada pelo BTG Pactual.

Maia ironizou ainda o fato de o governo ter resistido à prorrogação do auxílio emergencial no valor de R$ 600, já que esse tipo de decisão vem sustentando a popularidade do governo de Jair Bolsonaro. “É engraçado, né. O governo fica contra coisas que estão garantindo o mínimo de popularidade para o governo. Também acho que tem que ter cuidado fiscal com o auxilio emergencial. Mas é preciso lembrar que o governo conseguiu sustentar popularidade com auxilio emergencial de R$ 600”.

Questionado sobre a relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia disse que tem conversado com técnicos da equipe econômica, mas que não tem conversado com titular da pasta.

“Para mim, não faz a menor diferença conversar ou não com o Guedes. Para mim, faz diferença conversas com os técnicos do ministério”, disse Maia. “O ministro foi muito agressivo com a Câmara durante a tramitação de socorro financeiro a estados e municípios e depois fez acordo nos mesmos termos com o Senado. Depois fiz um gesto, mas infelizmente não fui retribuído. Eu acho mais produtivo conversar com técnicos, porque a conversa é mais objetiva, menos política”, explicou Maia.

Ao ser indagado sobre o projeto de lei de combate às fale news, o deputado do DEM afirmou que “essa lei não está nem aprovada e já deu resultados”, em referência a decisão do Facebook de derrubar páginas ligadas a bolsonaristas. “Veja como é que a discussão de uma matéria pode dar resultado”.

Valor Econômico