Mulheres seviciadas pela ditadura abrem seus dramas

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Foto: Reprodução

“Resistência, substantivo feminino” é o nome de uma série de lives que se inicia nesta terça. São relatos de mulheres que enfrentaram a ditadura e suas atrocidades de perto. Entendem ser esse um momento importante para lembrar das violações do Estado numa época de tortura, desaparecimentos e mortes perpetradas pelo regime militar.

A série começa nessa terça, às 19h, com depoimento de Victória Grabois, que viveu na clandestinidade durante 15 anos e guarda dolorosa memória daqueles anos de chumbo. Na Guerrilha do Araguaia, foco de resistência aos militares, ela perdeu o pai, Maurício Grabois; o irmão, André Grabois; e o marido, Gilberto Olimpio.

As irmãs Amelinha Teles e Criméia Almeida também estão nesse projeto. Ambas foram presas na Operação Bandeirantes (Oban). Amelinha relata ter sido torturada por Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandava o Doi-Codi paulista. Criméia atuou na Guerrilha do Araguaia e foi presa grávida em São Paulo. Também presa na Oban, ela faz relatos de tortura, mesmo esperando uma criança.

A advogada Aglaete Nunes também participa da série. Ela teve seu escritório de advocacia no Rio invadido por agentes do extinto Dops, em 1984, no Rio.

Muitas histórias e memórias daquela período serão contadas nessas lives também por Suzana Lisboa (que integrou durante anos a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos), Cecília Coimba (fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais), Angela Mendes de Almeida (presa na ditadura e ex-companheira do jornalista Luiz Eduardo Ermelino, morto sob tortura no Doi-Codi em 1971), Vera Vital Brasil (presa e torturada na ditadura e que se dedicou depois às Clínicas do Testemunho, um projeto de apoio psicológico aos afetados pela violência do Estado), Heloisa Greco e Luísa Martins.

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