Amoedo declara Novo como oposição a Bolsonaro

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FOTO: LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

A recaída populista de Jair Bolsonaro deixou o Novo em alerta. Ala minoritária do partido, liderada por João Amoêdo, já se define como “oposição” ao governo federal. Porém, a maioria ainda prefere reiterar sua postura de “independência”, esperançosa de que a agenda liberal e a responsabilidade fiscal prevaleçam. “Eu não seria oposição nem se o presidente fosse o (Fernando) Haddad (PT). A não ser que seja um projeto para implantar o comunismo ou uma ditadura, defendo sempre ser independente”, disse à Coluna o líder Paulo Ganime (RJ).

Ganime nega que o partido esteja em cima do muro e rejeita comparações com os tucanos. “O Novo é um partido previsível, nós sabemos o que nós somos. O PSDB já foi direita, foi esquerda, não sabe. O Novo nunca teria sido omisso ao esquema de corrupção do PT”.

O deputado federal Vinícius Poit (Novo-SP) afirma: “A gente não é base para apoiar qualquer coisa. Temos que nos posicionar de forma dura, não estamos preocupados apenas com reeleição”.

No ano passado, o Novo foi o partido mais fiel ao governo na Câmara.

É certo que a saída dos secretários Salim Mattar e Paulo Uebel da equipe de Paulo Guedes gerou incômodo em deputados federais do Novo.

Alguns parlamentares ligavam diretamente para os secretários, sem passar pela articulação política do governo.

Estadão